Por: Eng. Neri Pluhar Pescador/Eng. José Macleu Lêonidas da Silva
É crescente a utilização de sistemas de monitoramento com a utilização de câmeras de vídeo, que nos permite a visualização de áreas e de processos através de acesso remoto.O desenvolvimento destas soluções tem passado por profundas alterações de nível tecnológico, evoluindo desde um conceito inicial com a utilização de sistemas analógicos, até sistemas digitais que utilizam a tecnologia IP (Internet Protocol. Outro fator extremamente importante nesta evolução, é software de recepção das imagens geradas pelas câmeras, que tem dado a sua contribuição através de interfaces mais amigáveis com os usuários.
Notamos também o uso em escala cada vez maior de captura de imagens dentro de processos produtivos industriais, fator que auxilia nos controles e monitoramento de sistemas industriais desde os mais simples até os mais compexos. Mas ao mesmo tempo em que notamos todo este crescimento tecnológico, vemos que em boa parte das organizações, a implantação de sistemas de CFTV não atendem e não atingem os propósitos para os quais foram propostos.
Este é um fato constatado quando da real necessidade da consulta as imagens, para verificação de atos ou simplesmente a verificação/utilização de imagens em sistemas de controle de processos ou segurança. Em boa parte dos casos nos deparamos com imagens de má qualidade, dificuldades quanto a localização destas imagens, equipamentos com defeito ou a falta de conhecimento quanto ao sistema como um todo e sua operação.
Quais as causas para que os objetivos inicialmente traçados não sejam atendidos?
Esta é uma questão bastante comuns nas organizações, onde podemos observar sistemas de CFTV que não cumprem com os objetivos inicialmente traçados, devido a um conjunto de características concorrentes, os quais citamos algumas:
– O projeto de CFTV é visto de maneira estanque, isto é, não incorporado de maneira harmônica a um projeto de segurança da organização;
– Falhas de operação do sistema, causadas por deficiências no treinamento de usuários e administradores;
– Equipamentos expostos a condições inadequadas (chuva, temperatura, poeira, etc), comprometendo a sua vida útil;
– Ausência de política gravação/registro de imagens, não ocorrendo definições quanto ao tipo de equipamento e local de armazenamento das imagens;
– Dimensionamento errado de câmeras, ocasionando a geração de imagens com má qualidade de definição;
– Não utilização do sistema de CFTV como política efetiva de prevenção de situações de risco, mas somente como uma guarda de imagens a serem consultados após a decorrência desta situações;
– Ausência de um programa de manutenção específico para a verificação dos equipamentos e softwares utilizados. Em função destes fatores devemos enfatizar o cuidado e a necessidade do desenvolvimento de projetos de CFTV, onde deverão serem previstas as características dos equipamentos, treinamento de usuários, programa de manutenção, armazenamento de imagens e finalmente a integração com outros sistemas de controle que a organização possua ou que venha no seu interesse desenvolver.